sábado, 8 de setembro de 2012

Perséfone, a rainha dos mortos



Perséfone é uma das figuras mais conhecidas da mitologia grega. Como foi narrado nas lendas de Orfeu e Psiquê, ela era a rainha do mundo subterrâneo e guardiã dos segredos dos mortos, governando junto com o marido, o deus Hades.

Perséfone

Ela era uma jovem de rara beleza, tinha o coração muito puro e morava com a mãe Deméter, a deusa da colheita e da germinação, num jardim muito bonito. As duas viviam alheias aos conflitos e disputas terrenas, na mais completa harmonia. Mas um dia tudo mudou.

O Retorno de Perséfone

Hades viu Perséfone quando ela passeava pelos campos verdes, colhendo flores, e se apaixonou perdidamente. Decidiu então que a raptaria para viver consigo no mundo das trevas. O chão se abriu, e de dentro da terra ele saiu numa carruagem puxada por dois cavalos pretos. Perséfone tentou correr, assustada com a visão da criatura vestida sob um capuz preto e sem rosto, mas Hades a alcançou e entrou pela rachadura na terra, segurando ela com força pelo braço. Assim que chegaram no reino sombrio, Hades fez com que Perséfone comesse uma romã, a fruta dos mortos. A partir de então, ela estaria ligada a ele para sempre.

Deméter ficou sabendo do rapto por um garoto chamado Triptólemo, que trabalhava no campo e tinha testemunhado tudo. Ela então fez um acordo com Zeus no qual nove meses do ano, Perséfone ficaria na terra e os outros três meses, permaneceria com o marido nas trevas. 
Dessa forma, tudo foi resolvido. E embora passasse nove meses com a mãe, Perséfone não podia revelar a ninguém os segredos do mundo dos mortos. Ela teve também como missão, gerar o deus Dionísio-Baco, a pedido de Zeus. Mas esta é uma outra estória. 
O reino de Hades era cheio de mistérios. A entrada para se chegar lá ficava numa abertura na parede ao pé do monte Tênaro e logo na entrada da gruta podia se ver uma escada que descia até desaparecer no meio da escuridão. Os degraus levavam para debaixo da terra e para as margens do Estige, o rio dos mortos. Para atravessar, a alma tinha que levar uma moeda para dar a Caronte, o velho barqueiro com cara de caveira, que transportava os mortos para o outro lado do rio. Era lá onde ficavam os portões do inferno e o guardião Cérbero, cão de três cabeças e calda de serpente. Ele devorava qualquer um, vivo ou morto, que se atrevesse a ultrapassar os limites dos portões. Era neste mundo que também se encontravam as Fúrias, as deusas da vingança, criaturas que assombravam através dos pesadelos; as Moiras, que teciam o fio do destino; as Danaides, condenadas a encher um tonel sem fundo e a deusa Hécate, que guardava os portões junto com o cão Cérbero.


E foi nesse mundo que Perséfone passou a viver, apesar de toda a sua beleza e inocência. Por causa de sua piedade, alguns conseguiram sair de lá sãos e salvos, como foi o caso de Héracles, Orfeu e Psiquê.

Referências
http://mitogrego.zip.net

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