sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Apolo (ou Febo) - Quarta Parte


Apolo do mestre de Olímpia

Representam-no sempre moço e sem barba, porque o Sol não envelhece. O arco e as flechas que traz simbolizam os raios; a lira, a harmonia dos céus; às vezes dão-lhe um broquel que indica a proteção que concede aos homens. 

Apolo esfolando Mársias

Usa uma cabeleira flutuante, e muitas vezes uma coroa de loureiro, de mirto ou de oliveira.
As suas flechas são às vezes terríveis e malfazejas porque, em certos casos, o ardor do Sol produz miasmas mefíticos, pestilências, mas geralmente o seu efeito é salutar.
Assim como seu filho Esculápio, é venerado como deus da Medicina. Não é ele, como Sol, quem aquece a natureza, vivifica todos os seres, faz germinar, crescer e florescer essas numerosas plantas cuja virtude é um remédio ou um encanto para tantos males?

Apolo

Nos monumentos, Apolo, profeta, está vestido com uma longa túnica, trajo característico dos padres que divulgavam os seus oráculos, como médico, tem a seus pés uma serpente; como caçador, ele se representa como um jovem, vestido de leve clâmide que deixa perceber o flanco nu; está armado de um arco, e tem um pé levantado, na atitude de corrida.

Ruínas do templo de Apolo em Corinto

Ruínas do templo de Apolo em Delfos

A sua estátua mais notável, talvez a mais célebre que nos resta da Antiguidade, é o Apolo de Belvedère. O artista deu-lhe uma expressão, uma atitude ideais: o deus acaba de perseguir a serpente Píton, atingiu-a na sua rápida carreira, e o seu arco deu temível deu-lhe um golpe mortal. Firme no seu poder, refulgindo de uma alegria nobremente contida, o seu augusto olhar se voltou para o infinito, muito para além da sua vitória, paira-lhe o desdém nos lábios, a indignação intumesce as suas narinas e sobe aos olhos, mas se estampa em sua fronte uma calma inalterável, e as pupilas estão cheias de doçura.
Uma das maiores estátuas de Apolo foi o colosso de Rodes, diz-se que tinha setenta cúbitos de altura, e era toda de bronze.

Referências
Mitologia Grega e Romana - P. Commelin

Nenhum comentário:

Postar um comentário